A maconha é uma substância ainda ilícita no Brasil, embora esteja entre as mais utilizadas por quem busca amparo nos psicoativos. De acordo com o último Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, a maconha é a droga mais consumida pelos adolescentes.
Os dados revelam que quase 8% dos brasileiros dos 12 aos 65 anos de idade já consumiram a erva ao menos em um episódio ao longo da vida. Na sequência vêm a cocaína, com 3,1%.
O estudo da Fiocruz ouviu um número recorde de brasileiros para fazer a pesquisa. Foram 17 mil pessoas de todas as regiões, sendo apontado como um dos mais abrangentes e completos estudos sobre o assunto.
E as informações resultantes são preocupantes, tendo em vista que o organismo do adolescente ainda não está totalmente formado. Além do mais, quando consumida pela inalação de fumaça e com frequência, a maconha pode vir a gerar lesões nos pulmões e interferir no ritmo cardíaco e pressão arterial, assim como acontece o tabagismo que é socialmente e legalmente aceito.
Na publicação de hoje, reunimos algumas dicas importantes sobre o uso de maconha pelos jovens. Continue acompanhando e saiba mais sobre os riscos do consumo, as consequências e a influência para o uso de outras drogas.
Há uma tendência mundial de descriminalização do uso da maconha, especialmente em países como os Estados Unidos, Canadá, Portugal, Espanha, Uruguai, Argentina, Coréia do Norte e Irã. Na Holanda, considerada o polo turístico dos maconheiros do mundo, a erva é somente tolerada.
O abrandamento na lei referente à droga se deve tanto a estudos que comprovam os benefícios medicinais da planta para determinadas doenças, como também a tentativa de reduzir o poder de traficantes e de milícias. No Uruguai, por exemplo, o próprio governo é o responsável pela produção e venda do produto, que por sinal é encontrado em farmácias.
No entanto, esse clima de legalização esconde alguns perigos. Assim como outras drogas que são permitidas, tais como o álcool e o tabaco, a maconha pode impactar o desenvolvimento do organismo do adolescente. Ainda que não seja altamente viciante, ela também tende a afetar o comportamento e o amadurecimento cerebral do indivíduo.
Há indicadores que demonstram uma queda expressiva no rendimento escolar dos usuários. Além disso, quem tem propensão a psicoses, Síndrome de Pânico e outros transtornos mentais, pode vir a intensificar esses distúrbios e levá-los para a vida adulta.
A erva é menos propensa a causar dependência física, porém há quem desenvolva dependência emocional pelos seus efeitos. Por isso, quando constatamos que a maconha é a droga mais consumida pelos adolescentes, um sinal de alerta deve ser aceso.
Além do mais, dependendo do contexto em que a planta é consumida, ela pode ser associada ao uso de outras drogas, especialmente o álcool. Em festas, por exemplo, podemos observar jovens fumando maconha e tomando bebidas alcoólicas ao mesmo tempo.
Por se tratar de uma substância relaxante, é incomum que ela abra as portas para a ingestão de drogas pesadas e estimulantes. De qualquer maneira, precisamos ter responsabilidade e tratar o assunto com a devida seriedade.
Se o seu filho ou um ente querido faz uso excessivo de maconha, procure dialogar com ele e convencê-lo da importância de uma ajuda profissional.